terça-feira, 25 de outubro de 2011

5.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
26 de Outubro às 15hoo

A Noiva Cadáver
de Tim Burton

apresentado pela
Matilde Albuquerque do 9.º E


Um Filme deste Mundo e do Outro...
Escolhi este filme como primeiro filme a apresentar no Clube de Cinema, pois quero mostrar e falar de um filme de um dos meus realizadores preferidos, e não há (na minha opinião) nenhum melhor que "A Noiva Cadáver" para mostrar o “mundo” de Tim Burton.

Reparem, aqui está tudo: o humor negro, as personagens caricatas e estranhas, os pormenores, o imprevisível, a música (mais uma vez Danny Elfman), o argumento (John August, Caroline Thompson e Pamela Pettler) e até os actores do casting de vozes (novamente Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Christopher Lee, Michael Gough, Deep Roy e Albert Finney).
E o resultado está à vista, um filme fantástico rodeado mensagens que nos deixam a pensar, que desdramatizam o famoso pavor da morte, e que temos de viver a vida, enquanto é tempo, livres e descontraídos. O que também me fascina neste filme é a incrível produção desta animação em claymation (animação stop motion feita com uma espécie de massa).

Tim Burton transporta-nos para um universo místico onde se cruzam dois mundos, o da vida e o da morte, com diálogos fascinantes e um apurado sentido de humor.

Espero que gostem!

Matilde Albuquerque
(9ºE)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

4.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
19 de Outubro às 15h00

O Couraçado Potemkim
de Sergei Eisenstein

apresentado pelo
Prof. Francisco Morais



Chegou o momento de revelar
(e recordar) a face escondida do bilhete que se encontra no cabeçalho do nosso blogue.

Talvez esta minha necessidade de recordar se deva também ao facto de, na minha opinião, ser necessário ler e aceitar, como ponto de partida para qualquer discussão no Clube de Cinema, o texto escrito pelo jornalista Joaquim Fidalgo que se encontra, no nosso blogue, por cima desse bilhete:

“(...) Discutir os gostos do outro não é desconsiderá-lo - pelo contrário, é valorizá-lo, e querer entendê-lo, é abrir um debate que, depois de aberto, pode levar a muitas novas conclusões, do outro ou de mim próprio.
Tentar convencer o outro de que o meu gosto é mais "gostoso" também não tem nada de mal, desde que eu o faça com argumentos e diálogo, num processo que me leva a ouvir também o que ele tem para me dizer dos seus próprios gostos.
Não é isto viver em sociedade, ser livre e praticar a liberdade - mas uma liberdade activa, crítica, empenhada, algo mais do que "cada um é como é e tem todo o direito, e eu não me meto porque não tenho nada a ver com isso”? (...)

Em 05 de Maio de 1974, eu tinha 17 anos. Estava a viver um dos momentos mais felizes da minha vida e a presenciar um conjunto de acontecimentos políticos e sociais que iriam ser determinantes para a minha formação como ser humano. Entretanto, estava à beira de fazer o serviço militar (com a inevitável viagem para combater numa guerra sem sentido) e, em face do sucedido, tudo se alterou. Quatro dias antes (no primeiro 1.º de Maio de Liberdade), eu tinha assistido a uma manifestação de solidariedade humana que jamais esquecerei. Por isso também nesse dia 05 de Maio de 1974, a sessão de cinema que assisti foi o culminar de um conjunto de sentimentos da totalidade das pessoas que assistiram ao filme: “O Couraçado de Potemkin” do realizador soviético Sergei Eisenstein.

Nessa data já me considerava um amante de cinema. Comecei a fazer registos (ainda os faço actualmente) dos filmes vistos a partir de 1972. É de salientar que nessa época os filmes eram visionados somente no cinema (muito pouco na televisão) e, principalmente, todos eram sujeitos aos cortes da censura. Outros nem sequer chegavam a entrar no circuito comercial como era o caso de “O Couraçado de Potemkin”.

Estavam então reunidas as condições para se tornar a tal sessão inesquecível da minha vida: sala esgotadíssima (o cinema Império era enorme) e todas as pessoas se comportavam como se partilhassem um momento único. Nos momentos do filme mais emocionantes batiam-se frequentemente palmas demoradas e gritava-se nas cenas mais dolorosas e angustiantes. Como a famosa cena da escadaria de Odessa...

Este filme é de 1925 (mudo portanto) e tem acompanhamento musical do compositor alemão Edmund Meisel (que compôs a partitura musical especialmente para o filme) que acentua e intensifica a dinâmica de montagem, para a época considerada excepcional.

Para muitos cinéfilos, nos quais eu me incluo, continua a ser uma obra-prima do cinema.

Ah, já me esquecia. No final da sessão, com as luzes da sala iluminando os presentes, viam-se ainda nos rostos das pessoas lágrimas de alegria…
Francisco Morais

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A OFICINA E O FILME

A primeira sessão da Oficina sobre como escrever um guião realizou-se esta quarta-feira.
O Anfiteatro estava cheio. (Convido o Francisco a pôr aqui uma fotografia, se por acaso tirou: aposto que sim). E reparem, a hora difícil, que obrigava os presentes a prescindir de um almoço ou a comê-lo à pressa, não foi impedimento. As pessoas vinham chegando, sem atrasos gritantes - alguns professores, muitos alunos do 10º, vários mais novos, não sei se do 8º ou do 9º, um do 12º.

Foi extremamente interessante aquele momento que principiou por um estranhíssimo desafio de Joana Pontes (que só na próxima quarta saberemos para que serve) e terminou com uma primeira tentativa de, em grupo, se irem propondo as ideias com que se construiu uma sinopse. Entretanto, houve uma aprendizagem da técnica (com advertências, referência a livros fundamentais - quem se lembraria de que a essência do guionismo está já na Poética, de Aristóteles? -, exposição e discussão de procedimentos).

Seguiu-se a projecção do delicioso "Belleville Rendez-Vous". E não haveria melhor forma de se fechar a tarde de quarta que não com a discussão que decorreu. A vanguarda foi-se embora. Uma nova vanguarda se forma. O clube está em boas mãos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

3.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
12 de Outubro às 15h00

Belleville Rendez-Vous
(Les Triplettes de Belleville)
de Sylvain Chomet

apresentado pelo
João Leão (10.º G)




Um filme de animação que não é para crianças
A escolha deste filme tornou-se muito complicada porque havia outros que gostaria de apresentar. Não há dúvida, para mim, que é um filme belíssimo, cheio de boas mensagens transmitidas através de inúmeros pormenores. Mas, foi esta a melhor escolha? Ainda não estou totalmente certo disso e acho que só estarei depois do habitual discussão que iremos ter.

Este é o segundo filme que apresento no Clube de Cinema e é, também, o segundo filme de animação. Tenho feito esta opção, apesar da repetição do género, porque acho que são filmes que nunca resultariam tão bem se fossem feitos com personagens reais. Além disso, conseguem uma expressividade extra que nunca seria possível num filme com humanos e porque este género é muitas vezes desprezado e considerado como “filme para miúdos” quando não tem de ser, e este é a prova disso.
Esta primeira longa-metragem de Sylvain Chomet é sobre uma avozinha (Madame Souza) com um aspecto de velhota já cansada, que tem de cuidar do seu pequeno e melancólico neto (Champion). Esta velhota portuguesa, provavelmente vinda duma aldeia do interior do país, mostra-se empenhadíssima para alegrar o seu pequeno que tem sempre um ar triste. Quando lhe oferece uma bicicleta ele fica muito contente e, então, durante muitos anos, treina-o e alimenta-o da melhor maneira para o preparar para o mundo do ciclismo. No decorrer de uma corrida Champion é raptado, por uns homens rectangulares vestidos de preto, e a avó, apercebendo-se disso, parte em busca dele com o cão Bruno.

Todo este percurso faz salientar o grande amor e devoção que Madame Souza tem pelo neto e como de coisas tão simples podemos combater contra gigantes monstros.
João Leão (10.ºG)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Oficina de Escrita Criativa - Guiões



Dinamizada pela realizadora Joana Pontes

Como se escreve uma história? Como se faz um guião?
Partindo de uma ideia, original ou adaptada, vamos percorrer as etapas da escrita de um guião: sinopse, desenvolvimento, divisão por cenas e sequências. Vamos trabalhar a construção da estrutura dramática de uma história e as noções de personagem, diálogo, tempo e ponto de vista.
O trabalho de pesquisa, necessário à construção do guião, será também objecto de reflexão.

4ª feiras, 12, 19, 26 de Outubro
e 02 de Novembro de 2011,
das 13h30 às 15h00
no Anfiteatro (Pav. D Esq.)


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