quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Um olhar diferente



Bem, este é o meu primeiro post aqui no “Gostos discutem-se”, que já devia ter acontecido há mais tempo mas, devido a minha preguiça, nunca se tinha realizado. Aviso já que deve conter gralhas no português e coisas assim, por isso desculpem-me.

Hoje, infelizmente, foi a última sessão da oficina de escrita criativa com a realizadora Joana Pontes, que aproveito para dizer muito obrigado pois proporcionou-nos um espaço onde podemos aprender e ao mesmo tempo divertirmo-nos durante estas últimas sessões do clube de cinema e, como estava planeado a última sessão seria dedicada a visualização de vários inícios de obras cinematográficas para percebermos bem como funcionava, nos filmes, os começos e as questões relacionadas com os "plot points".

A sala não estava com muitas pessoas, comparado com outras sessões da Joana Pontes, faltavam alguns membros assíduos desta oficina mas, como se costuma dizer, éramos poucos mas bons! E isto é uma expressão que se emprega muito bem aos cinéfilos que compareceram hoje no anfiteatro. Sabiam para o que vinham e, estavam preparados para passar um bom bocado e aprender também! É também de salientar que, ninguém saiu a meio da sessão, como costuma acontecer.

Para começar, arrancámos em grande com um filme de culto dos anos 80, “Blade Runner”, que como a Joana nos explicou, teve uma grande influência no cinema, e que também como o professor Francisco mencionou, era um filme muito adorado pelos professores de artes devido à sua estética. Depois seguimos para os anos 70, completamente diferente do outro, “Profissão: Repórter”, um filme pelo qual a própria Joana mostrava um grande carinho.
De seguida, fomos para um filme italiano, com 6 horas (!!!!), “A Melhor Juventude”, que foi-nos explicado que na realidade foi planeado para ser uma mini-série de 4 partes. “A Melhor Juventude” deu lugar a “Uma Outra Mulher”, do Woody Allen, que tenho de admitir que foi o filme que me suscitou mais curiosidade de continuar a ver.
De “Uma Outra Mulher” partimos para outra mulher, neste caso uma rapariga, “Paulina na Praia” do Eric Rohmer, e da Paulina para um filme da realizadora do “Piano”, “Bright Star”, outro filme que gostaria imenso de ter continuado a ver.
Para acabar, vimos o início de uma obra do Martin Scorsese “George Harrison: Living in the Material World”, no qual quase todas a pessoas fizeram soar um “ohhh” quando a Joana mandou tirar o DVD, pois o documentário sobre um membro dos The Beatles apanhou completamente a atenção de todos.

A sessão correu lindamente, com indicações e curiosidades ditas pela Joana a toda a hora e, questões à própria também.
No decorrer do tempo, podemos comparar o quão diferente eram as introduções de filme para filme, como no do Woddy Allen, onde o começo foi, como a Joana disse: “muito economizador”, referindo-se ao facto de não ter mais de três minutos e ser muito simples, enquanto no “Profissão: Repórter”, acontece o contrário, a introdução é muito extensa e misteriosa, e também o quão eminente pode ser um "plot point", como no caso do ”Blade Runner”, ou tão discreto como no “Bright Star”, que nem damos por ele.

E bem, assim termina um ciclo bastante enriquecedor com a grande realizadora Joana Pontes que no final ainda recebeu um ramo de flores das mãos da professora Luísa.

Mais uma vez, um obrigado Joana Pontes

Melhor: Os ensinamentos e curiosidades da Joana no decorrer da sessão, e a sua atenção connosco.

Pior: Por outro lado, não podermos ver todos os filmes planeados, principalmente a “Lula e a Baleia”, um filme que gostava muito de ter visto.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

9.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
23 de Novembro às 14h00

Como é que num filme se começa a contar uma história? Como é que se termina?
Temas diferentes dão histórias diferentes e assim é a dezena de filmes de que vamos ver excertos.
De "Blade Runner" a "Bright Star", passando por "A Melhor Juventude" ou "A Lula e a Baleia", vamos descobrir que há formas comuns de começar a contar uma história e de a terminar.
É este o motivo desta sessão que encerra este ano o workshop de guionismo.
Joana Pontes
(Realizadora de Cinema)





quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E TUDO ISTO SEM PIPOCAS...

Hoje, o filme foi escolhido e apresentado pelo David, do 8º ano. Tem 13 anos e optou por um grande filme, "Papillon", que alguns adultos receavam um pouco [talvez porque se lembrassem de um excesso de violência, ou de uma obra demasiado extensa, que fatigaria um público jovem, etc.]

Pareceu-me que o facto devia ser analisado. O David é, provavelmente, o mais novo membro do clube. Já o ano passado estava connosco, cheio de de energia e de interesse, seguindo filmes e debates. Chegou a sua vez - e não é curioso, como sublinhava o Francisco, que um representante da sua geração não tivesse ido atrás dos "Harry Potter" e afins? Que o seu filme de eleição (que já viu umas sete vezes, desde os seus oito anos) seja esta obra adulta e, de algum modo, de outro tempo?

Por motivos compreensíveis, o auditório não era numeroso. Em contrapartida, a discussão foi riquíssima. Todos falaram - e a curiosidade suplementar residiu no caso da aluna que já tinha visto o filme e, portanto, não apareceu para o "rever", mas não quis faltar ao debate posterior...

O clube está, por tudo isto, numa fase de boa saúde.
É altura de reanimar este blogue. Fazer dele o fórum de opiniões e debate que já foi. [Foi-o com virtudes e defeitos, mas foi-o: interessaria reanimá-lo sobretudo nas virtudes]. Juro que contribuirei com a minha parte. Venham juntar-se-me neste exercício de "escrita em blogue" - olhem, podiam principiar por comentar este "post". Quanto mais não fosse! [Para começar, pelo menos...]

domingo, 6 de novembro de 2011

7.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
9 de Novembro às 15h00

Do Fundo do Coração
(One From the Heart)
de Francis Ford Coppola

apresentado pela
Prof. Luísa Simão


Conto de Fadas para Adultos
“One From the Heart” estreou nos anos 80, e quando o vi ficou logo registado como um dos meus filmes favoritos. Gosto desta história de amor entre duas pessoas com sonhos e realidades diferentes, contada como se fosse um conto de fadas para adultos.

Frannie e Hank são um casal que vive junto há cinco anos. Têm desejos e sonhos diferentes, por isso confrontam-se com alguma frequência e separam-se. É uma história simples, quase banal de uma realidade de muitos casais que com as rotinas e vivencias diárias se desgastam, e cujas aspirações individuais são tão diferentes que parecem incompatíveis. Será mesmo assim?

Paralelamente desenrola-se um enredo musical imaginado por Tom Waits (esta é uma das bandas sonoras que mais gosto do cinema) marcado pelo contraste entre a voz cristalina da Crystal Gayle e a voz rouca e quase rude do Tom Waits que narram a história e dão voz aos sentimentos das personagens de uma forma intensa, porque musical, o que confere uma maior originalidade à narrativa.
O filme tem cenas com uma estética própria (nesse sentido é quase iconográfico), da qual gosto muitíssimo, e que só podem existir por ser realizadas em estúdio, com uma luz artificial e baça como se fosse de uma banda desenhada.

“One From the heart” foi um filme que surpreendeu, por Francis Ford Coppola ter escolhido o amor como tema, depois de ter realizado o “Apocalipse Now”, um filme intenso, sobre a guerra do Vietname. Ninguém esperava a escolha deste tema, nem a forma como ele foi abordado, um musical, uma história banal contada como se conta uma história de encantar. Talvez por isso tenha sido tão mal recebido pela crítica e pelo público, apesar de ser tornado num filme de culto.
Coppola arruinou-se e arriscou imenso ao fazer este filme. Foi filmado como nos anos 40, em estúdio, com cenários imaginados da cidade de Las Vegas, cheia de néons e de luzes. Custou 27 milhões de dólares e foi um flop de bilheteira. O realizador retirou o filme do circuito comercial pouco tempo depois de ter estreado, culminando uma guerra com as distribuidoras. Outra curiosidade é que este filme obrigou Coppola a realizar os filmes subsequentes, para poder pagar a falência dos seus estúdios.
Luísa Simão
Professora

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

6.ª Sessão do CC de 2011/2012

Quarta-feira no Anfiteatro
2 de Novembro às 15hoo

O Meu Vizinho Totoro
de Hayao Miyazaki

apresentado pela
Ana Sofia Pendão do 9.º E


A Natureza de Hayao Miyazaki
Confesso que O Meu Vizinho Totoro não foi a escolha inicial para a minha primeira apresentação no Clube de Cinema.

O Castelo Andante, o filme que queria apresentar, tem a duração de 120 minutos e como as nossas últimas sessões têm início às 15h00 (devido à Oficina de Escrita sobre Guiões), optei por um outro do mesmo realizador, Hayao Miyazaki, que tinha visto mais recentemente e que também adorei.

Uma coisa eu tinha a certeza: o meu primeiro filme a apresentar no Clube de Cinema teria de ser deste maravilhoso realizador que nos proporciona em todas as suas histórias uma magnífica visão sobre a Natureza.
O meu Vizinho Totoro explica factos e acontecimentos da Natureza de uma maneira fantasiosa e imaginativa, capaz de comover e impressionar todas as idades. É um filme fantástico que nos leva para cenários incríveis, com grande detalhe e imaginação, mais uma vez presentes nos filmes deste realizador.

Ana Sofia Pendão
(9.ºE)