Bem, este é o meu primeiro post aqui no “Gostos discutem-se”, que já devia ter acontecido há mais tempo mas, devido a minha preguiça, nunca se tinha realizado. Aviso já que deve conter gralhas no português e coisas assim, por isso desculpem-me.
Hoje, infelizmente, foi a última sessão da oficina de escrita criativa com a realizadora Joana Pontes, que aproveito para dizer muito obrigado pois proporcionou-nos um espaço onde podemos aprender e ao mesmo tempo divertirmo-nos durante estas últimas sessões do clube de cinema e, como estava planeado a última sessão seria dedicada a visualização de vários inícios de obras cinematográficas para percebermos bem como funcionava, nos filmes, os começos e as questões relacionadas com os "plot points".
A sala não estava com muitas pessoas, comparado com outras sessões da Joana Pontes, faltavam alguns membros assíduos desta oficina mas, como se costuma dizer, éramos poucos mas bons! E isto é uma expressão que se emprega muito bem aos cinéfilos que compareceram hoje no anfiteatro. Sabiam para o que vinham e, estavam preparados para passar um bom bocado e aprender também!
É também de salientar que, ninguém saiu a meio da sessão, como costuma acontecer.
Para começar, arrancámos em grande com um filme de culto dos anos 80, “Blade Runner”, que como a Joana nos explicou, teve uma grande influência no cinema, e que também como o professor Francisco mencionou, era um filme muito adorado pelos professores de artes devido à sua estética. Depois seguimos para os anos 70, completamente diferente do outro, “Profissão: Repórter”, um filme pelo qual a própria Joana mostrava um grande carinho.
De seguida, fomos para um filme italiano, com 6 horas (!!!!), “A Melhor Juventude”, que foi-nos explicado que na realidade foi planeado para ser uma mini-série de 4 partes.
“A Melhor Juventude” deu lugar a “Uma Outra Mulher”, do Woody Allen, que tenho de admitir que foi o filme que me suscitou mais curiosidade de continuar a ver.
De “Uma Outra Mulher” partimos para outra mulher, neste caso uma rapariga, “Paulina na Praia” do Eric Rohmer, e da Paulina para um filme da realizadora do “Piano”, “Bright Star”, outro filme que gostaria imenso de ter continuado a ver.
Para acabar, vimos o início de uma obra do Martin Scorsese “George Harrison: Living in the Material World”, no qual quase todas a pessoas fizeram soar um “ohhh” quando a
Joana mandou tirar o DVD, pois o documentário sobre um membro dos The Beatles apanhou completamente a atenção de todos.
A sessão correu lindamente, com indicações e curiosidades ditas pela Joana a toda a hora e, questões à própria também.
No decorrer do tempo, podemos comparar o quão diferente eram as introduções de filme para filme, como no do Woddy Allen, onde o começo foi, como a Joana disse: “muito economizador”, referindo-se ao facto de não ter mais de três minutos e ser muito simples, enquanto no “Profissão: Repórter”, acontece o contrário, a introdução é muito extensa e misteriosa, e também o quão eminente pode ser um "plot point", como no caso do ”Blade Runner”, ou tão discreto como no “Bright Star”, que nem damos por ele.
E bem, assim termina um ciclo bastante enriquecedor com a grande realizadora Joana Pontes que no final ainda recebeu um ramo de flores das mãos da professora Luísa.
Mais uma vez, um obrigado Joana Pontes
Melhor: Os ensinamentos e curiosidades da Joana no decorrer da sessão, e a sua atenção connosco.
Pior: Por outro lado, não podermos ver todos os filmes planeados, principalmente a “Lula e a Baleia”, um filme que gostava muito de ter visto.