quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

FIXAR UM NOME: O QUE HÁ DE NOVO NO AMOR?

A Mónica e o Rui, que são dois jovens felizes e, neste momento da sua vida, particularmente felizes com o resultado da sua obra colectiva (o filme "O que há de Novo no Amor?", realizado a doze mãos, isto é, por seis pessoas), vieram ao clube de cinema falar-nos do seu trabalho.

Mais do que nunca me parece caso para dizer que estavam presentes "poucos mas bons": talvez uma vintena, entre estudantes e professores, mas daqueles que se interessam. Era malta curiosa e perguntadora; a Mónica, no fim da sessão, confidenciou-nos: «Adorei!»

De tudo se quis saber - desde as dificuldades na coerência de um todo feito a partir de perspectivas tão singulares, até à vitória que foi o projecto deles ter ganho um financiamento [tratando-se, reparem, de cinema português, de jovens recém-licenciados, sem currículo e sem cunhas], passando pelos seus métodos de trabalho e projectos para o futuro; houve conselhos aos mais novos. Tudo foi passado em revista, sem pausas nem silêncios.

O filme enfrenta inúmeros obstáculos de receptividade. É, repito, cinema português; é, repito, um filme realizado por jovens bons, mas pouco conhecidos. A distribuidora está atenta: se não houver público suficiente, depressa "O que há de Novo no Amor?" desaparecerá das salas.

Espicaçaram-me a curiosidade. Aposto no filme, estou com muita vontade de o ver. Mas, mais do que isso, ir vê-lo tornou-se-me um imperativo categórico. É um dever moral. Aqueles jovens são bons (viu-se bem na sessão) e o seu entusiasmo é contagiante. Merecem-no.

1 comentário:

  1. Concordo plenamente!

    Pela minha parte já cumpri o meu imperativo categórico, e este foi cumprido com muita vontade boa!

    São realmente 6 jovens com talento, e, como é natural, uns mais do que outros, mas o filme transpira criatividade, uma nova forma de querer transmitir e mostrar estas relações com o mundo e que é conseguida razoavelmente bem perante a dificuldade que deve ser 6 cabeças a tentarem comandar um filme.

    Há, como é claro, coisas que não resultam muito bem; no entanto há planos lindíssimos e que mostram bem como devemos manter olho nestes nomes nos próximos anos, pois fazem parte de um futuro promissor do cinema português.

    Estou tão positivo, porque é um filme português, porque é feito por jovens e porque estiveram à minha frente a explicar todo o conceito. Mas querendo ser totalmente imparcial penso que não daria, num sistema de apreciação que não concordo totalmente, mais do que 3.5 estrelas. Há aspectos muito bons mas outros como actores, som (que está um pouco falso), desafinos da actriz e outros que fazem com que não seja mercedor de mais pontos.

    Mas o balanço total é bom, vale muito a pena ir ver e esperar por próximos trabalhos de alguns realizadores (já tenho uns preferidos, porque quiseram mesmo deixar o seu cunho neste trabalho).

    E assim completo o meu primeiro, de muitos, comentário no blog.

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