O clube de cinema, que teve momentos tão altos como o empire state building, e momentos menos bons, atravessa agora (e esperemos que seja duradoura) uma fase particular e surpreendentemente eufórica. O que me parece é que, como em tudo, se reuniram, neste momento, vários factores que em conjunto provocam faísca. Alguns, planeados, sem dúvida: por exemplo, a excelente ideia que o Francisco teve de reflectir o clube no facebook: houve adeptos, houve amigos, houve interessados, houve curiosos. No espaço da moda virtual que é o facebook, aterraram pessoas que sabem muito pouco acerca de nós (e querem saber mais), mas também membros saudosos (que saíram da escola e vêm dizer-nos que o clube é uma das coisas que hão-de lembrar, para onde quer que vão), ou convidados que nos deram, em algum tempo, a honra da sua presença.
E factores inesperados, que vinham crescendo e agora simplesmente floriram: penso num grupo de jovens muito jovens, que seguia, com algum receio, como se à distância, as sessões cinéfilas. Ora, como se diz em linguagem futebolística, entrosaram-se. Discutem, escolhem, fazem-se notar cada vez mais. Eram a promessa, o futuro, o porvir - e sente-se que o seu tempo chegou. Tal como alguns professores (a Teresa, o Jorge, o Rui, a Luísa) que, entre os labirintos do seu tempo ocupado, têm vindo conversar, trazendo até nós um dinamismo contagiante. Ou estou a sonhar, ou alguma coisa está a acontecer por aqui. Julgo que não estou a sonhar - e quem veio à sessão O Grande Ditador, concordará certamente comigo!
CINEMA: O PODER DO CÃO
Há 2 anos
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