sábado, 25 de julho de 2009

Pássaros


Não caro bloggista, não está enganado. Este não é um espaço dedicado a qualquer debate de ornitologia! O titulo que propus é uma referência ao filme homónimo do realizador Alfred Hitchcock. Com tempo disponível, decidi ceder ao capricho de cinéfilo e rever este titulo que para mim é já habitual nesta altura do ano.

Produzido em 1963, este filme constitui o último numa série de títulos do realizador britânico, que abrangem uma década e que os críticos de cinema habitualmente identificam como a é
poca de melhor qualidade do cineasta, a qual inclui entre outros titulos, A janela indiscreta, Vértigo, Psico, etc.
Ao contrário do que o titulo poderá indicar (The birds _ Os pássaros), este não é um filme de série B, reduzido a uma batalha hercúlea, entre homens e pássaros assassinos. Na verdade, e referida batalha (se assim se pode chamar) constitui apenas o segundo acto do filme, e acaba por ser relativamente inócua em relação ao tema central que Hitchcock aborda na primeira parte, concretamente as relações entre as três personagens principais: uma mãe (Jessica Tandy), o seu filho (Rod Taylor) e a nova namorada deste (Tippy Hedren). Com o avançar da narrativa vemos como estas relações regridem, ou progridem, tendo como pano de fundo um catalisador, na forma do ataque inexplicável de uma horda de aves de diferentes espécies, que assolam a vila costeira de Bodega Bay, onde se desenrola a acção. Outro aspecto curioso e digno de registo, é o facto de Hitchcock ter dispensado banda sonora orquestral para o filme, sendo nesse aspecto substituída pelos sons de pássaros, recriados por meios electrónicos, que constituem uma espécie de banda sonora alternativa. Uma decisão artística que poderá não ser do agrado de todos os espectadores. Por fim (e por que nem tudo “são rosas”) os efeitos especiais utilizados para simular o ataque dos pássaros revelam algumas imitações quando contextualizados com os avanços técnicos actuais.

Enfim, para não dissuadir o cinéfilo devido a extensão do meu comentário, limito-me a indicar que este filme, não sendo o melhor no género de terror ou mesmo do próprio Hitchcock, é sem duvida um bom “prato de Verão, com entretenimento garantido e qualidade qb!

Deixo-vos com o link para que possam visualizar um excerto do filme, uma cena típica à lá Hitchcock!
http://www.youtube.com/watch?v=FVDT4bWPypk

4 comentários:

  1. Tens razão, Jota, é um filme extraordinário. E pensar que, quando o vi pela primeira vez, era eu miúdo, tudo o que me ficou foi a inépcia dos efeitos especiais: «Iiiiiih, meu, vê-se logo que os pássaros não estão ali, eheheh!». Gostava de o rever, gostava.

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  2. Só agora é que percebi que não conseguimos abrir o link! O problema será só meu? A verdade é que o proprio clip não permitia incorporar directamente aqui no blogg. Enfim, fica pela sugestão de uma situação de tensão bastante interessante no filme!

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  3. hitchcock é too much para hoje à noite. o peter bogdanovich gostava bastante dele, mas eu não. curioso, n é? também, ele adora o Howard Hwaks, mas para mim é um realizador medíocre, sobrevalorizado nos anos sessenta e setenta, pela nova geração de críticos, que se pelava pelo cinema de auteur.....

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