Sou um grande fã de filmes de animação, especialmente se for animação tradicional. Entre os meus filmes preferidos contam os já habituais e conhecidíssimos títulos da Disney, muitos dos quais já foram mencionados de uma forma geral num post anterior dedicado a este estúdio intemporal. Assim sendo vou com este post abordar alguns dos filmes produzidos por outro estúdio que tem vindo nos últimos tempos a tornar-se bastante popular: a Ghibli. Fundado em 1986, está invariavelmente associado aos seus co-fundadores Hayao Miyazaki e Isao Takahata. Talvez vos seja familiar alguns títulos como Heidi, ou Conan o rapaz do futuro (figura da esquerda). Sim, são duas séries televisivas da autoria destes dois senhores, produzidas para a televisão Japonesa, isto alguns anos antes da Ghibli existir. No entanto, quer uma quer a outra série revelavam já as nuances e temas que se tornariam imagem de marca de cada um destes realizadores. Já na década de oitenta deu-se o salto da televisão para o cinema, quando Miyazaki decidiu adaptar para o grande ecrã o manga da sua autoria, Nausicaã of the valley of Wind (figura à direita).
O sucesso comercial estimulou Myiazaki a convidar o seu antigo colega de armas _ e co-produtor de Nausicaã_ a fundar um estúdio dedicado a produzir filmes sem as limitações convencionais impostas pelos estúdios Japoneses da altura: assim nascia a Ghibli. Desde então a Ghibli tem quebrado as fronteiras do cinema Japonês, em estilo e em forma, chegando mesmo aos mercados Europeu e Norte-americano graças a uma campanha de propaganda resultante, entre outras coisas, de uma feliz associação com a Disney para a distribuição internacional. Embora o desenrolar dos acontecimentos tenha sido mais favorável a Miyazaki que a Takahata, entre eles realizaram alguns filmes inesquecíveis:
_ o realismo e a crueldade das imagens de um Japão em tempo de guerra em “O tumulo dos pirilampos”; a metáfora épica do homem-versus-natureza em “Princesa Mononoke”; o crescimento e a maturidade de uma criança em registo de fantasia e fábula em “A viagem de Chyhiro”. È com algumas imagens destes títulos (pela respectiva ordem mencionada) que vos deixo.
Bem, JC, parabéns pelo post. Em todos os aspectos. E, já agora: devo dizer que sou um grande fã de animação em geral. Costumo dizer (numa sinceridade que não assumo até às últimas consequências e acabo fingindo que se trata só de piada e de ironia) que o filme da minha vida é Aristocats. Da Disney. Mas gostava de aqui confessar que é graças ao Clube de Cinema que tenho vindo a libertar-me do meu preconceito em relação à animação japonesa; e que é graças ao Clube de Cinema que tenho vindo a descobrir, no meio do lixo japonês com que a televisão nos inunda, verdadeiras pérolas de grande qualidade. Este post vem reforçar essa minha curiosidade!
ResponderEliminarEspero que não me linchem por eu dizer isto - mas eu detesto o Hayao Miyazaki (e a animação japonesa em geral). Parece-me que isso tem também a ver com o próprio estilo de cinema japonês que eu não aprecio muito. Gosto, efectivamente, de alguns filmes do Akira Kurosawa e do Kenji Mizoguchi, mas em geral não sou grande fã. Quanto aos filmes de animação, adoro os da Disney (não de todos claro) e não tenho qualquer preconceito contra isso. Aliás, posso-me orgulhar de não ter nenhum preconceito, excepto talvez o de não confiar em anti-tabagistas e abstémios.
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