segunda-feira, 29 de junho de 2009

Coen (agora sim)

Não posso sequer comparar o meu conhecimento a nenhum outro membro do Clube, o meu interesse pelo cinema é antigo mas nunca foi tão intelectual como o que encontrei este ano. De qualquer forma não deixarei de escrever só por saber que vou a um quarto da caminhada que tenho que fazer para saber os nomes de tudo o que é cinema e fazer boas críticas. O que interessa é partilhar, certo? Por isso vou partilhar algo que descobri nesta minha "caminhada" e que se revela com uma só frase: Acho que gosto dos filmes dos irmãos Coen. É só isto! Passar bem, muito boa noite!

Pronto não é só, mas não é muito mais. Sinceramente, ainda só vi dois filmes e digam-me que isso não me serve para eu saber se gosto mesmo dos filmes deles ou não, porque eu também não faço a minima ideia, sei é que destes gostei. Fargo e Burn After Reading, um de 96 o outro de 08.

A comicidade e o caos existentes nas histórias são fascinantes quando combinados. As personagens que tanto nos são comuns como completamente abomináveis e fora do normal, são indescritivelmente bem construídas. A imagem, os pormenores, os actores. Em Fargo os papeis de Frances McDormand, como a polícia grávida que protagoniza aquele diálogo incrivel no carro de patrulha com o assassino, e outros interpretando personagens igualmente geniais como William H. Macy, o "magnifico" cérebro da operação, e Steve Buscemi com aquela atitude esquisita muito própria já do actor, na minha opinião. No Burn After Reading encontramos também a actriz Frances, agora num papel muito diferente mas igualmente engraçado, e Brad Pitt que me vai impressionando, talvez por ter alguns preconceitos em relação a ele.

Só sei que ao ver estes dois filmes senti uma vontade enorme de ver mais alguns dos tais "hermanos" e claro de partilhar a minha opinião sobre os mesmos aqui no blog, no qual já não participava há uns tempos e para onde tinha prometido voltar após dia 23. Assim foi!


Queria deixar a tal cena do diálogo entre a policia e o criminoso do Fargo, mas não consigo encontrá-lo.
Fica um outro:


9 comentários:

  1. Mas eu também gosto deles, atenção. Acho que o No country for old men não merecia o óscar (No vale de Ellah!!!), mas gosto deles. Já vi o Raising Arizona, Miller's Crossing, Fargo, O Brother, Where Art Thou?, o Barton Fink, o The Ladykillers, o Intolerable Curelty, o No Country for Old Men e o Burn After Reading. Deles não vi quatro filme e vi nove, pelo que posso formular uma opinião sobre eles e de facto aprecio a sua obra. Dos filmes abaixo mencionados não há nenhum que seja MAU. Há uns que poderiam ser melhores, mas isso é compensado pelos filmes que são BONS. O meu filme favorito deles é o Miller's Crossing, que não é muito conhecido (infelizmente). Gostei também do Fargo e do seu "remake" Burn After Reading, gostei do Barton Fink e do O Brother blablabla... E gostei mais ou menos do No country for old women. Os outros eram comédiazinhas agradáveis. Posso dizer que já criei expectativas para o novo filme deles A serious man que estreará (espero eu) ainda este ano! (yupi)

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  2. Também partilho a tua opinião "Beast", que podemos apreciar um filme seja pela excelência dos pormenores ou pelo simples facto de proporcionar entretenimento. Muitas vezes caimos na tentação, já um hábito nos dias que correm, de tabelar um filme como "filme de autor" (utilizando a celebre expressão da revista de cinema francesa), procurando nele traços que nos permitam identificar este ou aquele realizador/actor/produtor. Isso acaba mesmo por ser um hábito obsessivo que nos impede até certo ponto de disfrutar do filme pelo que ele é (e repara que me estou a identificar nesta descrição). Em relação aos filmes que mencionaste, já vi o Fargo e achei excelente, sobretudo porque permite aos actores máximizar as suas interpretações sem grandes artificios, concretamente os casos que referiste, aos quais eu talvez juntaria o Peter Stormare com a sua interpretação gélida de um assassino absolutamente desprovido de sentimentos.
    Ainda assim se gostaste deste talvez queiras dar uma vista de olhos a outros titulos destes realizadores, alguns dos quais o João Eça aqui referiu, porque de facto verifica-se na grande maioria (cá estou eu outra vez a "puxar para o cinema de autor!) essa capacidade dos realizadores em criar um universo quase irrealista, em que as suas personagens principais têm concepções absolutamente distorcidas do bem e do mal.

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  3. Esqueci-me de referir: ainda não tive hipótese de ver o No country for old men, por isso não me posso pronunciar sobre o filme, mas dos filmes que indicaste João, tanto o Miller´s crossing mas também o O brother..., não só estão esquecidos mas têm sido algo criticados como pontos baixos na filmografia dos Coen. Com isto não quero dizer que não sejam de certa forma inferiores a outros titulos dos Coen, mas também não são tão maus como os criticos os pintam!

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  4. desculpo a minha falha pelas horas, porque ja tinha conhecimento de ser Coen e nao Cohen.

    Já agora agradeço as propostas de filmes, hei de ver alguns ainda nestas férias.

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  5. Os irmãos Coen começam logo por me pôr esta questão interessantíssima: como é que eles trabalham? Como se realiza um filme a dois? (Não são caso único, aliás!); por outro lado, devo dizer que houve uma comédia deles, O Brother, Where Art Thou?, que me cansou e decepcionou profundamente; e em relação a outro (o celebrado No Country for Old Man), tinha criado expectativas elevadíssimas, nomeadamente em relação ao papel de Bardem, que não foram propriamente correspondidas. Não o achei tããão extraordinário como mo haviam pintado. Mas sim, sim, sim, Burn After Reading é fantástico, o caos e a série de equívocos gerados em torno de um pormenor é fantástico.

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  6. Digo já que acho o Javier Bardem péssimo e que o detestei no filme. Só mesmo os óscares é que o premiavam.

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