quarta-feira, 20 de maio de 2009

2001:Odisseia no Espaço

Não sei bem o que vi hoje durante 141 minutos (mais dificuldades técnicas) na sala 44. "Uma obra de arte", disseram uns, "experiência estética" disseram outros.
Discordo completamente.
Como acredito naquele velho ditado que diz que "as verdades vêm sempre da boca das crianças", usarei as palavras do nosso cinéfilo mais novo, o Afonso: "Este filme foi uma ganda seca."
Sim, o departamento da fotografia do filme fez um excelente trabalho, os efeitos especiais estão fantásticos para a altura mas o filme, como disse o Eça é uma tortura e não é por ter uns quantos elementos interessantes que o filme se torna menos penoso de ver.
Perdoem-me se eu estiver a ser mau cinéfilo mas 2 horas e 20 minutos é muito tempo para ver macacos, interiores de naves espaciais e olhos coloridos.

3 comentários:

  1. Guilherme tens todo o direito de não teres gostado do filme. Deves utilizar os teus mais variados argumentos para poderes justificar as tuas opções. Mas não deves utilizar a demagogia. Em primeiro lugar o Afonso não é uma criança. Terá 11 ou 12 anos. Assim como tu também não serás mais adulto só pelo facto de teres talvez mais 3 ou 4 anos mais. Depois se esse fosse um dos critérios de decisão para saber se uma obra (cinematográfica ou não) é ou não interessante então teríamos, a partir daqui, todos os críticos acompanhados dos seus filhos nas ante-estreias. "Filho foi uma seca?".
    Por outro lado parece-me um pouco superficial considerar a visão de "2001 Odisseia no Espaço" como um conjunto de "macacos, interiores de naves espaciais e olhos coloridos". Existe uma história no filme. Ficaste atento a isso em toda a sessão? Ou, por vezes terás ficado um pouco distraído a fazer "comício" para cativares outros olhares? Pelo menos, nesse aspecto, o Afonso manteve-se impecável. Já me foi dado perceber que tu tens muitas qualidades nas mais variadas situações. Agora, neste caso, se não gostaste diz simplesmente porquê e deixa lá o que o Eça pensa ou não sobre o filme... Afinal à saída do Indie tu terias gostado do "Leroy" e no dia seguinte analisando melhor terias mudado de ideias... (e eu não vejo mal algum que se possa mudar de opinião)

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  2. Eu acho que o cinéfilo/professor João Camacho, fez uma escolha interessante por diversas razões, primeiro porque, sem dúvida apesar da parte estética ser impressionante e que o decorrer do filme seja um pouco lento, eu não imagino aquele filme com uma acção mais rápida, pela simples razão e que a mensagem que ia passar para nós, espectadores atentos (ao contrário de outros dois), não seria a mesma..

    já é a segunda vez que vejo o filme, desta vez com mais atenção, provavelmente, porque amadureci em relação à última vez que o vi, mas desta vez pude captar pormenores, sensações e finalmente sentimentos que o filme me mostrou/transmitiu

    quem sabe, daqui a uns anos vejo outra vez e percebo melhor, mas .. gostei

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