quinta-feira, 7 de maio de 2009

Chorar

Quando nasci no longínquo ano de 1956, no mês de Outubro, no dia 21, pelas 16h55, eu chorei. E comigo chorou o meu pai e a minha mãe.

Na minha infância, nas minhas primeiras quedas provocadas pelos meus ainda indecisos passos, eu chorei. Embora por vezes me tenham dito que “um homem não chora”.

Na minha adolescência, no ano de 1974, no mês de Abril, no dia 25, eu chorei. E depois, ri bastante.

Já adulto, quando vi nascer o meu primeiro, segundo e terceiro filhos, eu voltei a chorar. E chorei muito mais antes e depois destas datas. E ri também.

No início da sessão de ontem, quando me apercebi que faltavam tantas pessoas, por quem eu já tenho algum afecto, tive vontade de chorar. Mas contive-me.

No final da sessão que ontem iniciou o Ciclo “Um Filme da Minha Vida”, com “O Clube dos Poetas Mortos", apresentado pela Professora Elisa Costa Pinto, a convite do André Vieira, eu chorei. “Oh Captain, My Captain”.





Durante o debate, quando senti a falta da participação da Beatriz, da Mónica, da Eliana, do André Jorge, do Ruben e do Afonso (o João d’Eça já eu sabia que não podia estar presente) apeteceu-me novamente chorar.






Já fora da sala onde decorreu a sessão, em plena discussão sobre gostar e não gostar de alguns filmes, participar e não participar no debate, chorar ou não chorar no final do(s) filme(s), eu sorri. Sabem porquê? É que o Vasco tinha-me acabado de confidenciar (com o seu sorriso maroto mas não malandro) que tinha gostado muito do filme. E que quase tinha chorado.

E eu quase chorei de felicidade.


CARPEM DIEM

5 comentários:

  1. Chorar faz bem a todos e a qualquer um.
    É uma forma de aliviar mandar cá para fora aquilo que estamos a sentir. É quando o nosso "copo de água" (de emoçoes) transborda um pouco. E eu não vejo mal nenhum nisso e digo-vos que não me envergonho nem um pouco de dizer que existe certos coisas, nomeadamente filmes, que me fazem chorar. Umas vezes de tristeza, outras de emoção ou até de felicidade (sim, também se chora de felicidade). O Clube dos Poetas Mortos é um filme que me toca e que me faz chorar. Quem não chora, não é humano, ou pelo menos não tem nada de humano em si.

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  2. Não consigo parar de achar piada, inocentemente, ao ler o comentário do André porque só me lembro do Senhor dos Aneis (sem maldade nenhuma claro, tenho é uma mente muito perversa). Quanto à sessão eu ainda hoje me sinto com imensa pena por não ter ido, talvez fosse das sessões que eu gostasse mais. Esta vida de estudante está a dar cabo de mim...estou a pensar seriamente na opção de passar o meu futuro a viver debaixo da ponte.

    Espero que tenha valido a pena e eu depois cá venho fazer um comentário mais pormenorizado do filme.

    Cheers!

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  5. Também já considerei seriamente se o meu futuro não será debaixo da ponte...Bom, eu sei que ando aqui a estudar intensamente, quase a ter um esgotamento nervoso, mas não faço a mínima ideia do que quero ser, nem do que quero fazer. Talvez por gostar de tudo um pouco.

    PS: É mentira: eu praticamente não estudo, não tenho paciência ^^

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