sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Onda (Die Welle)

O ano escolar está mesmo a chegar ao fim. O comentário que eu faço no final de cada ano é sempre o mesmo, mas este foi sem dúvida o ano em que eu mais senti isso: "Isto passou a correr!" Ainda me lembro da nossa primeira sessão do Clube de Cinema, na sua fase primitiva, com apenas dois alunos e alguns professores. Enfim, tenho a certeza que para o ano vamos continuar e ainda tenho esperança que se faça mais do que uma sessão por semana! Para um grupo de cinéfilos sérios como nós, um filme por semana é muito fraquinho :P

Bom, isto já está a soar a despedida, mas ainda temos duas sessões prometedoras pela frente! Para relembrar os mais esquecidos: Dia 3 de Junho, o Johny Darko vai apresentar "Four Rooms". No dia 9 de Junho, eu vou apresentar "Cinema Paradiso", sessão essa que (em princípio) será a última deste ano.

Falando agora do filme que passou na última quarta-feira, 27 de Maio, na nossa pequenina mas acolhedora sala 44, a cabana secreta do Clube dos Cinéfilos Vivos. Esta foi uma sessão especial que contou com a participação do Clube de Alemão da nossa escola. Sim, mais um dos infinitos clubes desta escola fantástica :) O filme foi "A Onda (Die Welle)" , apresentado pela professora Ana Paula Fonseca. É um filme alemão, lançado em 2008 e baseado e inspirado numa situação real que ocorreu em 1967. Deixo-vos com um pequeno vídeo do filme:


Este filme fez-me lembrar um dos meus filmes favoritos, "O Clube dos Poetas Mortos". É, mais uma vez, uma filme que fala sobre o papel e a influência que os professores podem ter sobre os seus alunos. Sim, porque qualquer aluno sabe que a função de um professor não é, de todo, despejar todo o programa e matéria que tem para dar e nada mais. Um professor tem um papel muito importante na formação cívica e moral dos alunos. Nós passamos a maior parte do nosso tempo na escola e é precisamente nesse sítio que aprendemos a viver em sociedade e onde nos formamos enquanto pessoas. É claro que não é só na escola. Grande parte da educação também vem de casa e os pais têm muita influência nos filhos, algo de que eu me tenho vindo a aperceber cada vez mais. Voltando ao filme.

A história passa-se numa escola secundária alemã aparentemente normal. O professor Rainer Wegner é um daqueles professores modernos e bem-dispostos de que todos os alunos costumam gostar. É-lhe proposto pelo director, leccionar à sua turma o tema Autocracia. Wegner decide tentar uma forma original e diferente de dar este tema e tenta criar um ambiente fascista/nazi na sua turma, como forma de exemplo. O professor exige que os alunos o tratem por Sir Wegner e que se levantem da carteira quando querem participar na aula, utilizando sempre respostas com frases curtas e concisas. Juntos decidem arranjar um nome para o grupo (Die Welle), um símbolo, um cumprimento padrão e um uniforme (jeans e camisa branca). A turma começa a enstusiarmar-se, a sentir-se orgulhosa do seu projecto e unida como um só. Os alunos começam a levar o assunto demasiado a sério, transportando a experiência para fora da escola, criando um estilo de vida diferente. Ao princípio, o próprio Wegner sente-se orgulhoso e ambicioso com o sucesso do seu projecto, mas depois apercebe-se de que algo não está bem na atitude de alguns alunos. Só que só se apercebe tarde demais...


12 comentários:

  1. Desculpe não lhe ter explicado como se coloca a etiqueta, mas só agora é que fui ler os comentários. Em todo o caso, verifico que já chegou lá. OK. Mas não sei se deram por outra novidade no meu post. Aprendi-a recentíssimamente: já viu o que sucede se clicar, com o rato, em cima do nome «Lee Strasberg», escrito noutra cor? Ora experimente lá. [Usa-se, para esse efeito, um dos simbolozinhos que estão lá em cima, na caixa onde está escrever o texto: é o símbolo do infinito, um 8 na horizontal: ele pedirá um endereço que nós seleccionámos previamente e, depois, nos limitamos a colar. Confuso?]

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  2. Quero dizer: para se conseguir "fabricar" esse link a partir de uma palavra, um nome, qualquer termo no texto, há que usar o tal símbolo...

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  3. Parabéns, André. Se conseguiu chegar lá - como vejo que conseguiu - com a trapalhada que foi a minha explicação, é verdadeiramente um às das novas tecnologias...

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  4. Não sou propriamente um ás, mas, como vocês já se devem ter apercebido (vocês os da geração passada), a nossa geração vive rodeada das novas tecnologias, lidamos com elas a toda a hora e crescemos com elas, pelo que nos familiarizamos facilmente com as inovações e os media. É tudo uma questão de gerações. Vocês sabiam trepar árvores e brincavam nas ruas. Jogavam à malha, ao peão. Nós vivemos com os media, os computadores, a nova tecnologia, a imagem, o 3D. Vocês iam ao marco do correio enviar cartas e postais. Nós ligamos o computador e enviamos um e-mail ou um sms. Vocês iam ao mercado municipal fazer as compras, nós encomendamo-las pela net. Enfm, é tudo uma questão de gerações. :D

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  5. Vocês descobriram o fogo e utilizavam-no para aquecer os alimentos. Nós utilizamos o microondas. Vocês desenhavam nas paredes das cavernas. Nós usamos o Paint. Vocês caçavam a lutavam com lanças e paus. Nós usamos bombas nucleares.

    Ok, já estou a exagerar.Estava só a brincar! ^^

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  6. Claro que o André precisou de um homem das cavernas para lhe ensinar a postar um filme, precisou de perguntar a outro como é que colocava etiquetas e, pelos vistos, foi ultrapassado por um na descoberta desta última fabricação de links a partir de uma palavra. Mas estou para aqui à conversa e a minha família diz que está com fome, vou ver se consigo caçar algum mastondonte que nos aguente pelo inverno...

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  7. "Clube de Cinema - Gostos discutem-se" passa para "Clube Pré-histórico - Uga Buga!"

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  8. "Vocês"??? Já pareces o Paulo Portas, ó André Vieira!

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  9. Se há coisa que eu não percebo mesmo nada é a política. E se há coisa que não me interessa mesmo nada são os políticos e aquilo que eles dizem. Por isso lamento mas não percebi a piada :\

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  10. A Política é a essência da vida. Sem a Política, o homem não passa de um dos mamutes que o professor José Pacheco caça.

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  11. Vi agora mesmo o filme e achei um bom filme. Gostei principalmente do factor: É possivel ficarmos tão cegos que até num meio em menor escala construímos um movimento fascista...curioso. Tenho pena de não ter ido a esta sessão...fica para uma próxima

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